terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2000 felíz e 8

Então é isso, 2008 está ai. E logo após um grande tempo sem postar o ócio me toma mais uma vez e me faz vir aqui para não me sentir o pior dos seres humanos. E o mais sedentário também.
Enfim, não tenho muita coisa para falar dessa vez, a não ser o fato de querer expressar meu total desprezo por essa festinha chamada reveillon.
Eu em toda a minha mais humilde percepção social entendo que a festa de final de ano nada mais que mais uma forma o sistema capitalista nos levou para gastar dinheiro.
Não jamais dar uma de estudante de ciências sociais da UFES, que é revoltado com o sistema, e acha que Che Guevara é o maior pensador de todos os tempos. Muito menos quero protestar pelos animaizinhos que são mortos para nos encher o bucho. Afinal, sou um carnívoro mais do que convicto. E quero mais que todos os animais morram para me alimentar. Afinal essa é a lógica do mundo.
Quero somente dizer que não acho graça nenhuma em uma festa que celebra algo “novo”, e que na verdade é apenas um dia a mais, uma festa a mais, e que a única coisa nova são as dividas feitas para se celebrar esta data.
Fora toda aquela besteira de fazer votos para o ano que vem. Cara eu realmente não conheço ninguém que consiga se lembrar de algum voto que fez depois de toda a cachaçada que rola. E pior ainda, não existe mesmo ninguém que consiga realizar o que foi almejado. Talvez pelo fato de não se lembrar. Mas fazer o que.
E não pára por ai, ainda tem todo aquele lance de comer lentilha, vestir branco para ter paz, vermelho no intuito de se encontrar um grande amor, verde desejando ficar rico e rosa para quem quer virar homossexual ou funkeiro de São Pedro 1, 2, 3, 4, 5...
Mas acho que é isso aê. Não vou lhe desejar um ótimo 2008, pois eu realmente não desejo. Quero mais é ficar rico e que o resto do mundo se foda.

terça-feira, 17 de julho de 2007

PAN 2007 - Eu RIO do PAN

Finalmente consegui me desatar das amarras da preguiça e postar outra vez. Esse tal desse ócio é um bicho muito astuto, ele vem te rodeando, e quando você menos percebe está dormindo.
Mas em fim, esse texto era para ser postado sábado, dia 14. Talvez, hoje ele já não tenha a mesma eficácia que teria neste dia. Mas fazer o que? Eu to sem outra idéia mesmo, então vai essa.
O Brasil está vivendo momentos de patriotismo exacerbado, anteriormente visto só em momentos como a copa do mundo de futebol, programa da xuxa, e na banheira do gugu (principalmente quando tinha aquela Luiza Ambiel).
E a causa do crescimento do espírito brasileiro são os Jogos Pan-americanos, que estão sendo sediados no Rio de Janeiro.
Eu, não sei por que raios, resolvi acompanhar a abertura do Pan. E pra te falar não teria perdido nada se não o tivesse visto.
Após todo o sufoco que a organização do dos jogos enfrentou para que tudo (estádios, vila olímpica, a cidade em geral) estivesse pronto no tempo certo, eu pensei que pelo menos com a abertura eles iriam fazer algo estrondoso para diminuir o vexame de fazer tudo em cima da hora fosse diminuído. Mas não, como o brasileiro não desiste nunca, a abertura foi cafona e brega, digna de um Criança Esperança. Só faltou ser apresentado pelo Didi e alguns atores da Globo.
Fora que a reação do público foi a mais sem educação possível. Vaiar o próprio presidente como um sinal de uma manifestação pública contra o governo (coisa que quando é para ser feita ninguém à faz), em uma apresentação mundial, só veio mostrar que todo o preconceito que o brasileiro encontra lá fora é causado por nós mesmo, com atos deploráveis como este. Mas isso é outra história.
Voltemos ao Pan.
Durante a abertura a única coisa que eu me perguntava era quando vai ter algo legal para ser visto. Quando vai ter algo que possa mostrar que o Brasil merecer ser sede de uma olimpíada. Mas durante momento algo minhas duvidas foram sanadas de com uma resposta positiva.
E, venhamos e convenhamos, qualquer showzinho chumbrega do Muse tem mais efeito especial que aquela apresentação ridícula.
Mas tem gente que achou bonitinho mostrar a cultura brasileira para o mundo. A cuca, o saci, o curupira. Só faltou o Pedrinho e a Narizinho pra virar o Sítio do Pica-pau Amarelo.
Mas fazer o que, se o pessoal lá fora acha que o Brasil é floresta, praia, futebol, carnaval e bunda, vamos fazê-los pensar que eles estão certos.
Pelo amor de Deus, aquela representação de praia que continha pessoas com um visual “pin-up” (o que é até legal) e vendedores ambulantes, foi genial. Só faltou uns trombadinhas daqueles que se encontram na orla carioca prontos para roubar qualquer pessoa que use um protetor solar com um fator de proteção maior que 15 pensando que são gringos.
E o pior é que depois disso tudo a organização ainda tem esperanças de um dia poder sediar uma olimpíada.
Até perdi o fio da meada depois dessa.
E por falta de saber o que falar mais em meio a tanta coisa chula finalizo aqui meu texto. Que é um pouco menos medíocre que o Brasil com uma frase que acho que explica tudo o que sinto com este Pan.


Eu rio do pan 2007.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Cacofonia Musical

Logo após meu primeiro contato com esse tal de blog, descobri que mexer com isso não é lá muito fácil.
Esse negócio todo de postar foto, mudar layout, colocar a janela de comentários em pop-up, títulos, links, amigos, preencher perfil, entre outros, não é tão fácil quanto mexer no Sr. Orkut. E isso me entristece profundamente.
Então chego à conclusão de que esta minha página virtual, na qual eu escrevo minhas modestas redações movidas pelo ócio, não terá nenhum atrativo visual, e se alguém quiser vir aqui vai ser para ler e nada mais. Hora bolas.
Passado esse primeiro momento de desabafo causado por uma frustração digital, me ponho a escrever sobre o que me traz aqui.
E o tema da abordagem de hoje do seu, do meu, do nosso, Alface & Tomate é... PAN PAN PAN PAN. Cacofonia Musical, termo inventado por “me, myself and I” para designar aquela coisa engraçada de quando você ouve algo em uma música, mas na verdade, o que está sendo dito é outra coisa, completamente diferente.
E como primeiro exemplo que eu darei deste fenômeno que diverte nossas vidas, é o de uma musica do grande pai do reggae, ídolo supremo dos maconheiros, surfistas, hippies, pseudo-hippies, hippie de boutique, forrozeiros, e outros amantes da maconha. O único, Bob Marley.
Em sua canção “Wainting in Vain”, Bob em toda sua majestade escreve uma letra muito bonita, que fala sobre amor e coisas assim. Só que o ele não contava era que na hora de cantá-la o fantasma da cacofonia musical iria assombrá-lo, e em português. Ao catar a frase “Cause if summer is here” Tio Bob não fala exatamente isso, mas sim uma algo que é constante no vocabulário de quem curte o seu som. “Rosa essa maresia”. Sera que a maresia do bagulho de Bob Marley era rosa? Não sei, mas não se poderia esperar nada muito diferente do pai do reggae.

E já que estamos falando de reggae, maresia e coisas a fim, não há momento mais propício para falarmos de quando o Incubus se enquadrou no tema abordado pelo texto.
Mas você deve estar se perguntando, “O que Incubus tem a ver com reggae?”. Então eu lhe respondo: Com reggae propriamente dito, nada. Mas escute o refrão da música “Blood on the Ground”. Mais precisamente a segunda parte, na qual claramente se ouve “Ah, da maconha everytime, e eu como um real”, quando na verdade Brandon (vocalista) queria dizer, “I bite my tongue everytime you come around”, mas depois dessa ai esse Brandon não me engana mais não. Ele curte unzinho que eu sei. E durante sua onda o cara come dinheiro. Vai entender.
E ainda nesse universo de drogas temos um outro exemplar que fez grande sucesso no mundo, e esse sim, se bobear era a letra. Vai dizer que você não se lembra de “U-Hul, Era fino é bem melhor” de “Song 2” do Blur. Eu não consigo acreditar até hoje que a frase certa é “When I fell heavy metal”. Não mesmo.
Agora chega de falar de maconha, maresia, e fino. Indo para o lado mais punk rock da vida temos o Blink 182, que também caiu nessa terrível armadilha do destino. Na música “Online Songs”, Mark Hoppus canta “Plase don't remind me put...”, mas na verdade o que se ouve é “Que sua mãe me disse”. Mas então, o que foi que a mãe do cara disse? Isso me deixou extremamente curioso. Porém isso parou por ai.
Mas se você está pensando que a cacofonia musical é uma exclusividade dos artistas estrangeiros, você está completamente enganado.
Uma música muito famosa da MPB, que eu conheço desde criança, e cantada por Djavan, também foi vitima do destino, e caiu nas garras desse acaso musical. Vai dizer que você nunca cantou ”Amarelo deserto...” ao em vez de “Amar é um deserto” em “Oceano”?! E o pior é que você só descobre que está cantando errado quando brota um violão na sua sala de aula no segundo ano, e alguém pega o maldito violão, e todos começam a cantar, e quando você menos esperar, BLAW. Todo mundo ri de você.
Sim isso aconteceu comigo, e não foi só dessa vez não.
Uma outra vez, o mesmo idiota que tocou Djavan começou a tocar Cláudio Zoli, “Noite do Prazer”. E eu, garotinho inocente, criado a leite com pêra e ovomaltino, penso: "Essa eu sei. Tá passando direto no programa da Sabrina Parlatore. Num tem como eu errar.".
E eis que mandei aquela frase clássica: “Tocando de biquíni sem parar”. Mas por incrível que pareça, eu estava certo. Ou pelos menos pensava que sim. Pois todo mundo cantou a mesma coisa. Ou quase todo mundo.
Quando olho para o canto da sala, uma única pessoa rindo enlouquecida enquanto o resto cantava alegremente. E eu em toda minha curiosidade adolescente vou perguntar o que tinha acontecido. E a resposta obtida foi: “Caralho, você ouviu isso? “Tocando de biquíni” hahahaha... Que povo burro”. E eu em toda a minha esperteza, comecei a rir também, para não ser taxado de trouxa outra vez. E falei: “É mesmo não é?! Cambada de burro.”. E a pessoa em questão me responde: “É mesmo. Tá na letra bicho, “Tocando BB King sem parar”! Cambada de idiota.”.
Mas desta vez, felizmente, eu sai por cima. YEAH!
Chega de falar das minhas façanhas colegiais. Voltemos ao assunto.
Agora que falei de quase todas as músicas das quais me lembro que sofreram cacofonia musical, posso falar da banda que mais reúne essas peculiaridades em suas músicas. O Queens Of The Stone Age.
O QOTSA pode ser considerado a rainha da cacofonia musical. Sacou?! Rainha, queens?! Ahm, ahm?!
Eles fazem tanto isso que chego a pensar que foi proposital. E se foi de propósito, eles demonstram em suas músicas uma verdadeira adoração pela música brasileira. Devoção essa que esta que é clara em “Medication”, quando Josh Homme canta “Medication Forrozão”. Sim sim, é isso. Não venha me falar que ele canta “Medication for us all”, pois eu não acredito.
E indo um pouco mais além, o QOTSA mostra em “Six Shooter” que se amarra num funk carioca. Tanto que o refrão da música é “Shoot” repetido 8 vezes, mas eles não cantam shoot. Eles cantam chão, deixando a música com uma letra digna de uma banda axé ou alguns mc’s de funk. Ouve lá, “Chão, chão, chão, chão, chão, chão, chão, chãaaaaaaaao”.
A devoção do QOTSA pela música brasileira acaba por ai. Mas as cacofonias não. Temos ainda uma bem legal, em “Another Love Song”, que se canta no refrão, “Eu disse another love song”, quando na verdade a letra é “It’s just another love song”.
Mas acho que é isso, se você conseguiu chegar até aqui vou me sentir uma pessoa muito feliz por ter feito você perder o seu tempo aqui na frente do computador, enquanto poderia estar fazendo algo mais interessante.
E chega de escrever.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Post nº1

Férias, momento tão esperado por todos os estudantes durante as aulas. Momento tão ocioso em sua interminável duração. Pelo menos para mim.
É incrível perceber o que o ócio faz com uma pessoa. Vejam só o meu caso. Eu que nunca fui de escrever me pego neste momento fazendo um blog. Mas justamente eu fazendo um blog?! Uma pessoa que só gosta de ler o que lhe convém. Uma pessoa que escreve o mínimo possível para não cansar a mão?! Pois é, eu, Rafael Rodrigues, dominado pelo ócio, resolvi em um ato desesperado de me entreter escrever em um blog.
Antes de começar a escrever meu blog resolvi dar uma olhada em alguns blogs por ai. E todos, geralmente, começam com o primeiro post fazendo um textinho "descolado", explicando o motivo da escolha do nome do blog, falando nada com nada, e usando isso como uma desculpa para começar a escrever e fazendo uma homenagem à um grande escritor. Então, como uma boa pessoa massificada e sem personalidade, pensei: Vou fazer o mesmo. Fica bonitinho, engraçadinho, e ainda tiro uma ondinha de cronista.
"Alface e Tomate" é um nome legal, e eu pensei nele, pois, quando resolvi fazer este blog, eu tinha acabado de almoçar, e em uma conversa de msn, na qual me foi perguntado o que eu tinha almoçado e minha resposta foi: Arroz, feijão, coração de frango, alface e tomate. E percebi nesse momento que este seria o dominio ideal para o meu blog. Bem "cult" não?!
Então você me pergunta: Sim, fazer o primeiro post em um blog é fácil. É só escrever um monte de motivos "descolados" para você ter feito o blog e depois escrever um monte de coisas engraçadinhas que dá certo. Mas passado o primeiro post quero ver o que você vai escrever.
E eu em toda minha humilde manifestação literária respondo: E dai? Como eu já falei lá em cima eu só quero ter algo para fazer nessas férias. Algo que do qual eu possa não sentir vergonha depois, como baixar algum filme pornô, ou dormir o dia todo, ou até mesmo escutar Fall Out Boy.
SALVE SANTO VERÍSSIMO. Pai da crônica inteligente no Brasil e minha maior inspiração para criar um blog para me entreter, ao em vez de coçar o saco o dia inteiro. Mas calma, não sou um tolo de querer me comparar com Luís Fernando Veríssimo. Foi só uma homenagem e "ponto".
Pronto, acho que já fiz tudo o que um blogger deve fazer em seu primeiro post, falei coisas engraçadinhas, porém sem graça (para parecer intelectual), homenageei um grande escritor, falei dos meus motivos para estar escrevendo este texto e também falei um monte de asneiras. Agora só me falta descobrir como finalizar o texto. Nesta parte eu não prestei muita atenção não.
Então por falta de capacidade literária acabo este texto do jeito mais clássico.
E eles foram felizes para sempre.

FIM.